Presidente Iracema Vale denuncia graves irregularidades da Suzano na Região Tocantina e cobra respeito às famílias atingidas
Em discurso na tribuna nesta quarta-feira, a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale, denunciou supostas irregularidades praticadas pela empresa Suzano Papel e Celulose, que têm impactado cerca de 600 famílias nos municípios de Vila Nova dos Martírios e São Pedro da Água Branca. A parlamentar expressou indignação com a situação, destacando que o problema se arrasta há anos, afetando comunidades inteiras que dependem da terra para sobreviver. “Lá tem idosos, tem crianças”, destacou, reforçando o caráter humanitário da questão.
Segundo Iracema Vale, a empresa estaria oferecendo condições consideradas inaceitáveis às famílias como forma de se apropriar das terras. Entre as propostas, citou um aluguel social mensal de R$ 180,00 por apenas seis meses, além de cestas básicas pelo mesmo período. “O que é que tem de humanidade nisso?”, questionou a deputada, criticando o que chamou de manifesto desrespeito às comunidades. Ela também defendeu que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) reconheça a posse das terras como pertencentes aos moradores.
A parlamentar ressaltou que essas famílias utilizam a terra há gerações, cultivando e produzindo, e que a luta pela permanência é uma questão de sobrevivência e dignidade. “Peço justiça com aquela comunidade, que a Suzano reveja sua posição e faça a sua obrigação social para com o povo do Maranhão e para com o povo daquela região”, afirmou enfaticamente.
A denúncia da presidente da Assembleia lança luz sobre uma situação complexa que envolve direitos humanos, disputas fundiárias e a responsabilidade social de grandes empresas. Até o fechamento desta reportagem, a Suzano Papel e Celulose ainda não havia se pronunciado sobre as acusações. Enquanto isso, as comunidades atingidas aguardam com apreensão uma resolução justa e definitiva para o caso.