Depois de tentar aliança com Braide, dinistas apelam para Lahesio Bonfim

A declaração do deputado estadual Othelino Neto(Solidariedade), em entrevista ao podcast Café Quente, do ex-deputado Rogério Cafeteira, de que o médico e ex-prefeito bolsonarista Lahésio Bonfim (Novo) poderá ter chances reais de estar no segundo turno da disputa ao Governo do Estado, em 2026, soou como uma sirene. 

A cada gesto político ou frase, os dinistas acabam por empurrar Felipe Camarão (PT) ainda mais para baixo na sucessão do governador Carlos Brandão.Sem sinais de recuperação nas pesquisas, Camarão já foi, publicamente, aviltado com o flerte público do grupo oposicionista com o prefeito Eduardo Braide(PSD). Membros do PCdoB chegaram a discutir uma aliança com o prefeito que, em bom dialeto maranhense, “nem confiança” deu à tropa comunista.

A fala de Othelino é um sinal explícito de desgaste do projeto de continuidade do dinismo, mesmo após todas as tentativas de tapetão na Assembleia Legislativa e das ameaças de prisão, confundindo o martelo da Justiça com a foice e o martelo comunistas. O parlamentar tenta, na entrevista, colocar o vice-governador em polarização com o secretário Orleans Brandão (MDB), na disputa pelo segundo lugar.

Fora das bravatas, estão os fatos: Orleans foi o nome que mais cresceu nas pesquisas, se aproximando cada vez mais da liderança, enquanto Felipe Camarão permaneceu no “prego”, sem sair do lugar, escorado nos “cacos da esquerda pós-dinismo”, segundo noticiou ontem (8) o UOL. 

Com aliados assim, Camarão nem precisa dormir para a onda levar.