Improdutividade e custo ao erário marcam trajetória de Ricardo Rios, que vira motivo de chacota na ALEMA

No terceiro mandato consecutivo, o deputado estadual Ricardo Rios surge em debate na Assembleia Legislativa não por iniciativas relevantes, mas pela ausência delas. Um levantamento realizado com base nos registros públicos da própria Casa mostra que o último projeto de lei apresentado pelo parlamentar data de 2023 — e tratava apenas da declaração de utilidade pública de uma associação comunitária, matéria considerada de baixa complexidade legislativa. Desde então, não houve novas proposições de impacto, nem projetos estruturantes que justificassem a presença de Rios no parlamento maranhense.

Apesar da baixa produtividade, o gabinete do deputado segue gerando custos regulares aos cofres públicos, como ocorre com qualquer mandato. A discrepância entre o volume de recursos envolvidos na manutenção da atividade parlamentar e a falta de resultados concretos tem sido alvo de críticas nos bastidores políticos, onde Rios é frequentemente apontado como um dos deputados de menor expressão legislativa da atual composição da Assembleia.

Há quem diga que Ricardo Rios até tentou manter sua postura de viver na sombra de quem ocupa a presidência da Casa, mas levou um “chega pra lá” quando Iracema assumiu a posição. Antes, Rios era uma espécie de “chaveiro” dos ex-presidentes Othelino Neto e Humberto Coutinho.

Nos últimos dias, diante de um cenário considerado amplamente desfavorável à sua reeleição, Ricardo Rios tem adotado uma postura mais estridente em plenário. O episódio mais recente ocorreu na sessão desta terça-feira, quando o parlamentar saiu em defesa do prefeito Eduardo Braide, numa movimentação vista por colegas como uma tentativa de forçar algum protagonismo e voltar ao radar político. A atuação, porém, não tem surtido o efeito esperado: deputados relatam, sob reserva, que o comportamento intempestivo de Rios tem virado motivo de comentários irônicos na Casa, especialmente devido às dificuldades do parlamentar até mesmo em conduzir discursos com segurança. Na mesma sessão, coincidência ou não, durante pronunciamento do deputado Ricardo Rios, seu colega e aliado Rodrigo Lago foi visto sorrindo, em tom descontraído, mesmo diante de um assunto sério.

Diante disso, permanece aberto o questionamento central: qual o retorno efetivo de Ricardo Rios ao contribuinte maranhense após quase três mandatos?