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Normalização da violência: Júlio Mendonça diz que vice-governador é vítima de violência política e desconsidera Mical

Enquanto o Maranhão acompanha atentamente a polêmica envolvendo o vice-governador Felipe Camarão e o blogueiro Victor Paes, uma declaração do deputado Júlio Mendonça trouxe novos contornos à discussão. Mendonça inverteu os papéis ao alegar que o vice-governador estaria sofrendo violência política, ofuscando o fato de que a verdadeira vítima desse tipo de agressão é a deputada Mical Damasceno. A série de prints divulgados e atestados pela Polícia Civil, contendo mensagens machistas e misóginas, gerou indignação e colocou em evidência a necessidade de abordar com seriedade a questão da violência política de gênero.

As mensagens vazadas, que incluem expressões de cunho sexual degradante a respeito da deputada Damasceno, sublinham um triste padrão de desrespeito e objetificação das mulheres na esfera política. O vice-governador Camarão negou envolvimento e prometeu ações legais, enquanto figuras políticas como a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale, ofereceram apoio à deputada Mical, mostrando solidariedade diante de uma clara manifestação de misoginia.

No entanto, o pronunciamento abstruso de Mendonça desvia o foco do real problema, ao posicionar Camarão como vítima. Esta inversão não só minimiza a experiência da deputada Damasceno, mas também revela uma preocupante tendência de silenciamento e inversão de narrativas que buscam normalizar agressões contra mulheres em posições de poder. Essa situação exige uma profunda reflexão sobre o papel das lideranças políticas na promoção de equidade e respeito, reafirmando a urgência de enfrentar o machismo tanto nos discursos quanto nas práticas institucionais.

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